Affordance é um dos conceitos utilizado pelo profissional de Design, para determinar o quanto a funcionalidade de um objeto é intuitiva ou autoexplicativa.
A obra fundamental sobre affordance é “The Theory of Affordances”, de James Gibson, em Perceiving, Acting, and Knowing, de R, E. Saw & J. Bransford(eds), Lawrence Eribaum Associates, 1997.
Utilizando como base esse conceito é possível compreender que os objetos e ambientes são mais adequados em algumas funções do que em outras.
Elementos circulares possuem mais facilidades para rolar que os formatos quadrados, para alguns esse conceito pode parecer bobo, entretanto não é.
Quando tratamos este conceito em um ambiente ou objeto podemos relacioná-lo a sua facilidade de uso, quanto seu design e a sua função.
Caso o objeto ou ambiente entre em conflito com sua função, este por sua vez é de pior uso ou menos eficiente.
O termo affordance ganhou força com interfaces digitais, consequentemente esse conceito é visto dentro de IHC (Interação Humano-Computador).
O Design de interface adota este conceito em toda sua produção quando os elementos são modelados para representar o mundo real em ambiente digitalizado, por exemplo.
A representação digital: pasta de arquivo, hd, ícones e etc. Todos esses elementos carregam funções que facilitam o entendimento e a melhor forma de uso.
Caso esse conceito seja ignorado propositalmente, o designer pode condenar o usuário a quebra do seu processo de percepção no momento da interação básica.
A quebra de percepção obriga o usuário a aprender novamente uma determinada função sozinho, como resultado, aprender algo que ele talvez já soubesse.
Affordance é dividido em 4 tipos
Explícita
Quando criamos um elemento óbvio, ou seja seu formato e função indicam exatamente o que precisa ser feito, a maçaneta da porta é um ótimo exemplo além de ser um padrão.
Padrão
São baseados em padrões, e seu apelo está na vivência e experiência da maioria dos usuários a cerca de sua função, por exemplo uma faca sempre terá um cabo e um hiperlink será azul ou sublinhado (simplificando).
Escondida
A função affordance não fica visível ao usuário, porém por padrão ou indicação do sistema o mesmo pode ser acessado. Como exemplo, podemos citar o slide superior do smartphone, para acessar notificações, atalhos e etc.
Metafórica
Produz um sentido figurado por meio de comparação, como resultado temos interfaces gráficas representando elementos do mundo real.
Por exemplo podemos, citar interface que contenha elementos como: o carrinho de compra, o envelope, o telefone, o vídeo, a câmera, a impressora, etc.
Estas passam ideias abstratas, descrevendo basicamente o que o usuário pode fazer, todavia sem instrução, da mesma forma que podem ter se tornado affordance padrão.
O conceito de affordance abordado aqui, na maioria dos exemplos passam por interfaces humano-computador, mas isso não impede deste conceito ser aplicado em “n” produtos.
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Do It Arts por Denis Solano